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Já afirmamos que o objetivo da ciência moral que
precede a sabedoria é o de fazer com que as virtudes, que já
por si determinam as potências da alma para que operem
segundo um modo conveniente à sua natureza, sejam levadas no
homem até à excelência.
Ora, o modo conveniente à natureza de cada coisa
levado até à excelência é a própria perfeição desta coisa;
nisto de fato consiste o bem de cada coisa, que esteja
convenientemente disposta segundo sua própria forma.
Mas a forma própria do homem é tal que segundo ela
o homem é animal racional.
Portanto, a operação do homem será dita boa,
perfeita e excelente pelo fato de que ela seja segundo a reta
razão (41).
Isto é algo possível no âmbito das virtudes, pois
estando as virtudes morais no apetite, que participa da
razão, elas podem ser, por isso mesmo, determinadas pela
razão (42); mais ainda no caso das virtudes intelectuais, que
estão na própria razão.
Deve-se, portanto, dizer que as virtudes são
hábitos eletivos de operações determinadas segundo a reta
razão (43).
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