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Apesar das incoerências, entretanto, as linhas
gerais de uma doutrina trinitária são claramente visíveis
nos Apologistas. O Espírito Santo era para eles o Espírito
de Deus; e, assim como o Verbo, ele compartilha da natureza
divina, sendo, nas palavras de Atenágoras, uma "efluência"
da Deidade.
Em diversas ocasiões Justino coordena as três
Pessoas, algumas vezes citando fórmulas derivadas do Batismo
e da Eucaristia, outras vêzes sendo eco dos ensinamentos
catequéticos oficiais. Assim, por exemplo, ele defende os
cristãos da acusação de ateísmo apontando a veneração que
eles tem para com o Pai, o Filho e o "Espírito profético".
Atenágoras protesta também contra os que acusam
de ateísmo os cristãos,
"homens que reconhecem Deus Pai,
Deus Filho e o Espírito Santo,
e declaram tanto o Seu poder na união
e Sua distinção na ordem".
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Esta ordem não se refere a graus de subordinação na
Divindade, mas é atribuída aos três segundo que eles se
manifestam na Criação e na Revelação.
Teófilo foi o primeiro escritor a aplicar a
palavra "tríade" à Divindade, afirmando que os três dias
que precederam a criação do Sol e da Lua
"foram figuras da tríade,
isto é, de Deus,
de seu Verbo e sua Sabedoria".
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Ele via Deus como tendo Seu Verbo e Sua Sabedoria
eternamente em si mesmo, e gerando-os para os propósitos da
Criação; e também ele foi claro que quando Deus os gerou,
não esvaziou a Si mesmo dEles, mas está
"em eterno colóquio
com o Seu Verbo"
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Referências:
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Justino: 1 Apol. 61,3-12; 65,3; 6,1 ss;
Atenágoras: Supplic. 10,3;
Teófilo: Ad Autol. 2,15; 2,10; 2,22.
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