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Santo Tomás conclui suas considerações sobre a felicidade
comentando duas conhecidas passagens de Aristóteles, na qual o filósofo
afirma que os homens sábios são amados por Deus.
São estas as suas palavras:
"O homem feliz
segundo a felicidade especulativa,
por operar segundo o intelecto
contemplando a verdade,
colocando o seu cuidado
nos bens do intelecto,
parece estar otimamente disposto,
na medida em que possui excelência
naquilo que é ótimo ao homem,
e é, segundo Aristóteles,
amadíssimo por Deus.
De fato, supondo,
como é da verdade da coisa,
que Deus tenha cuidado e providência
acerca das coisas humanas,
é razoável que se compraza com os homens
acerca daquilo que é ótimo neles,
e que é semelhantíssimo a Deus.
Trata-se do intelecto,
como é patente de tudo o que foi dito.
Conseqüentemente,
é razoável que Deus maximamente beneficie
aqueles que amam o intelecto,
e honram o próprio bem do intelecto
preferindo-o a todos os outros,
como o próprio Deus cuida daqueles
que operam retamente e bem.
Conclui-se, portanto,
que o homem sábio seja amadíssimo por Deus.
Ora, será felicíssimo o homem que for
maximamente amado por Deus,
que é fonte de todos os bens.
De onde se conclui
que também segundo isto,
já que a felicidade do homem é dita
pelo fato de ser amado por Deus,
o homem sábio é maximamente feliz" (73).
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