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Impõe a ele, imediatamente, a lei de que não insulte a
ninguém nem fale mal de ninguém, nem jure, nem procure desavenças.
Se perceberes que infringe a lei, castiga-o, algumas vezes com um
olhar severo, outras com palavras que o mortifiquem, outras com
impropérios. Às vezes também haverás de acariciá-lo e
prometer-lhe algo. Não bate nele assiduamente nem se acostume ele a
esta maneira de educação. Porque se aprender a ser continuamente
castigado, aprenderá também a desprezar o castigo; e se aprender a
depreciar, tudo estará perdido. Não. O filho deverá temer sempre
que for ameaçado, mas não se deverá bater nele. Deve se levantar a
correia, mas não baixá-la. As ameaças não devem se transformar
em ato. Porém, que não veja claramente que a ameaça reduz-se
apenas a palavras; pois a ameaça só é eficaz quando se pensa que ela
poderá ser realizada. Se o pecador se dá conta de que se trata
apenas de uma ameaça, a desprezará. Não. Que espere sempre o
castigo, mas procure que este não chegue. Não se extinga o temor;
seja mais como um fogo vivo que consome todos os espinhos próximos ou
como uma enxada ou uma picareta afiada e larga que cava até o fundo.
Mas se perceberes que só o medo produz efeito, afrouxa um pouco a
rédea, pois nossa natureza requer também um pouco de rédea solta.
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