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Depois da lógica, da matemática e das ciências
naturais a contemplação ainda exige o estudo da metafísica. O
simples estudo da metafísica não é ainda a contemplação; a
contemplação supõe, ao contrário, o perfeito domínio da
ciência metafísica.
A aquisição do hábito da metafísica conduz à
contemplação de preferência ao das demais ciências, em
primeiro lugar, porque estas ciências não alcançam a causa
primeira de todas as coisas; as causas últimas que estas
ciências alcançam são ainda causadas por outras, ainda que
não se saibam quais; por este motivo, ao contrário do que
deve acontecer na contemplação, a inteligência não pode
repousar perfeitamente no conhecimento destas causas, já que
ela tenderá por natureza ao movimento pelo qual possa buscar
as causas destas causas.
Em segundo lugar, ao contrário das demais ciências, o
conhecimento metafísico é maximamente abstrato e seu objeto
maximamente inteligível, e, por isso mesmo, ela pode produzir
um ato da inteligência mais perfeito do que o produzido pelos
demais hábitos intelectivos, ato este que, quando plenamente
desenvolvido, é o que se chama de contemplação.
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