A HISTÓRIA DE ESAÚ E JACÓ CONTADA ÀS CRIANÇAS |
43. |
Quando a história anterior estiver bem gravada na alma da criança, poderás contar outra, por exemplo, a de outros dois irmãos, e começarás assim:
Esta história é mais interessante do que a outra, por conter mais peripécias e pelos irmãos serem mais velhos.
|
44. |
Olha quantos bens se extraem disso. E não conta a história inteira. Repara quanto proveito pode ser tirado do que foi contado. Em primeiro lugar, as crianças admirarão seus pais, vendo que assim disputam estes dois irmãos pela benção do seu, e preferirão mil vezes ser açoitados ao invés de ouvir uma maldição de seus pais. Porque se uma fábula qualquer lhes interessa e a têm como digna de fé, como não interessá-los o que realmente é verdade, e quanto maior temor não lhes infundirá? Aqui perceberão que devem desprezar o ventre; pois deves contar-lhes que
|
45. |
Logo, quando assimilar bem o descrito, numa outra noite lhe dirás:
E começará a contar-te a história de Caim e Abel: mas lhe replicarás dizendo:
E dá-lhe os sinais pois, ainda não deves atribuir-lhes os nomes. E como não contaste a história inteira, continua teu relato dizendo:
Logo vem a grande filosofia que certamente supera a capacidade da criança, mas que, se soubermos manejar bem o relato, pode também, com condescendência, ser apresentada à tenra inteligência infantil. Portanto, lhe diremos assim:
|