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Vimos no capítulo anterior que os participantes
do Concílio de Nicéia podiam ser divididos em quatro grupos.
Dois destes representavam posições extremas minoritárias, de
um lado os arianos declarados, e de outro os tão
excessivamente anti-arianos que na prática incidiam no erro
oposto do monarquianismo ou sabelianismo. Estes dois grupos
não teriam mais lugar na Igreja. O monarquianismo nunca teve
chances na Igreja Oriental, e o Arianismo declarado tinha
sido explicitamente condenado pelo Concílio.
Dos dois outros grupos majoritários, um era
formado pelos que tinham uma consciência mais plena do erro
ariano, entre os quais estava o bispo Alexandre e seu futuro
sucessor Atanásio; o outro era formado pelos inseguros e
pelos de tendência origenista mais radical.
Após o Concílio, alguns representantes do
primeiro grupo começaram a definir o `homoousios' ou
consubstancialidade do Pai e do Filho de uma tal maneira que
fêz com que alguns do segundo grupo os acusassem de
sabelianos; vendo isto, os do primeiro grupo interpretaram
esta acusação como uma negação do `homoousios' e retrucaram
acusando os segundos de arianos. Isto deu início a uma série
de litígios sobre tendências e de acusações mútuas, e a
literatura polêmica deste período, à primeira vista, dá a
impressão de uma batalha entre sabelianos e arianos.
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