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No ano 250 Novaciano, presbítero da Igreja de
Roma, escrevia um livro intitulado De Trinitate onde
encontra-se a doutrina de Tertuliano e mais o reconhecimento
de que a geração do Filho e sua conseqüente distinção do Pai
como Pessoa não é fruto da "economia", mas pertence à vida
pré temporal da Divindade pois, já que o Pai é sempre Pai,
sempre deve ter tido um Filho. Assim, pois, a geração do
Filho é desvinculada da Criação.
Segundo Novaciano a única Divindade é o Pai,
autor de toda a realidade; mas além dEle,
"quando Ele quis,
gerou um Filho,
seu Verbo". |
Conforme dissemos, a geração do Filho não é vinculada à
Criação, mas é pré-temporal. O Filho é Deus porque a
Divindade lhe foi transmitida pelo Pai, existindo uma
"uma comunhão de substâncias"
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entre Eles. Esta doutrina, diz Novaciano, não implica uma
dualidade de deuses, porque o Filho, embora uma
"segunda Pessoa além do Pai",
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não é não gerado ou sem origem; se o fosse, haveria dois
deuses, mas como o Verbo é outro além do Pai como Filho, e
deve seu ser inteiramente ao Pai, não há divisão da natureza
divina.
Novaciano afirma que o Pai necessariamente
"precede" o Filho, e que antes que o Filho existisse com o
Pai como uma Pessoa, Ele estava imanente "no Pai";
entretanto, esta prioridade não parece ser uma prioridade
real, mas de razão, porque Novaciano também insiste que o
Pai sempre teve o seu Filho.
Quanto ao Espírito Santo, a doutrina de Novaciano
é rudimentar. Ele considera o Espírito Santo como a potência
divina que operou nos profetas, nos apóstolos e na Igreja,
inspirando-os e santificando-os. Não faz, porém, menção de
sua subsistência como Pessoa.
Referências:
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Novaciano : De Trinitate.
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