|
A pluralidade das Pessoas divinas é claramente
visível nas páginas do Novo Testamento. É mais marcada ainda
na primitiva liturgia da Igreja e na prática catequética do
dia a dia.
Embora no período primitivo não houvesse ainda
credos com fórmulas estabelecidas, é evidente que nos tempos
apostólicos o principal tema da propaganda da Igreja e do
culto era que Deus havia enviado o seu Filho, o Messias
Jesus, que havia morrido, ressuscitado no terceiro dia,
subido ao céu, o qual haveria de retornar em glória.
Freqüentemente incluía-se uma referência ao Espírito Santo,
inspirador dos profetas do Velho testamento e dom concedido
nestes últimos tempos aos fiéis.
Algumas vezes estas expressões se encaixam num
molde binário referindo-se apenas ao Pai e ao Senhor Jesus
Cristo, mas o molde ternário, afirmando a crença no Pai que
criou o Universo, no seu Filho Jesus Cristo, e no Espírito
Santo, gradualmente se torna normal à medida em que avança o
segundo século.
O rito batismal é a liturgia da qual possuímos
maior conhecimento neste período, e a evidência que daí
pode-se tirar é a mesma. As idéias implícitas nestas
fórmulas catequéticas e litúrgicas primitivas representam
uma fase pré-reflexiva e pré-teológica da fé cristã.
|