Os mistérios da fé em que é necessário crer por necessidade de meio são ditos aqueles que, por contraposição aos que é necessário crer apenas por necessidade de preceito, sem eles não seria possível alcançar a salvação, ainda que ignorados inculpavelmente.Não é tarefa simples determinar quais sejam eles com certeza absoluta. Independentemente da certeza dogmática, porém, em casos em que algo tão importante está em jogo, a moral cristã exige que se siga o caminho mais seguro, conforme a sentença de Santo Afonso:
Considera-se que é certamente de necessidade de meio crer explicitamente na existência de Deus e que Ele é remunerador dos bons na ordem sobrenatural com um prêmio eterno. Esta afirmação baseia-se em uma afirmação explícita da Epístola aos Hebreus:
Em segundo lugar, todo o conjunto do Novo Testamento sugere também que, após a suficiente promulgação do Evangelho, a fé explícita no Mistério de Cristo, de sua Encarnação e de sua Paixão e Redenção, também é de necessidade de meio, conforme o que está escrito nos Atos dos Apóstolos:
Segundo Santo Afonso, esta é a posição mais provável, mas ele também afirma não ser improvável a posição dos que afirmam que, devido a uma ignorância invencível, seria suficiente apenas uma fé implícita nestes mistérios. Em conseqüência do mistério de Cristo, S. Tomás de Aquino coloca que a fé explícita no mistério da Santíssima Trindade é também de necessidade de meio:
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