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Destas últimas notas biográficas sobre Tomás de Aquino
resulta uma outra imagem, mais real e mais profunda, do sentido
que S. Tomás atribuía às passagens que já citamos de seu
Comentário à Ética, nas quais ele se expressa sobre a excelência
da contemplação. Aquelas, por exemplo, em que, quando comentava
Aristóteles, S. Tomás afirma que
"a perfeita felicidade do homem
consiste na contemplação da verdade".
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De fato, que alcance Tomás não via nestas palavras, se quando
ainda jovem de 12 ou 13 anos, antes de ter lido Aristóteles pela
primeira vez, já havia perguntado aos seus professores em Monte
Cassino
e o simples modo como fêz esta pergunta foi suficiente para que
aquele momento ficasse gravado para sempre na História?
Que compreensão não deve ter tido este jovem quando
posteriormente, em Nápoles ou em Colônia, ficou sabendo pela
primeira vez que Aristóteles tinha afirmado que
"a felicidade do homem é
maximamente encontrada
na operação da sabedoria"?
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E que força não adquirem no contexto de sua vida aquelas outras
suas sentenças do comentário a Aristóteles:
"A vida especulativa
compara-se à vida moral
assim como a divina à humana";
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e também:
"Esta vida é encontrada perfeitissimamente
nas substâncias separadas;
nos homens, todavia,
imperfeitamente e como que participativamente;
e, todavia, este pouco
é maior do que todas as outras coisas
que há no homem."
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Ao longo deste trabalho tentaremos trazer à luz as implicações
profundas de quanto expusemos brevemente nesta introdução.
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