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Feitas já todas as distinções, é justo que consideremos agora
por que costumamos chamar de "poderes celestiais" a todos os anjos
(Dn. 3, 61; Sl. 24, 10; 80, 5; 80, 8; 80,
15; 80, 20; 103, 21). Não podemos generalizar a
palavra "poderes" como fizemos com "anjos". Não podemos afirmar
que a ordem dos santos poderes seja a última de todas, nem que a ordem
dos seres superiores participe da santa iluminação dada aos
inferiores, nem que estes últimos participem no que recebem dos
superiores. Assim, pois, a denominação "poderes celestiais" não
pode estender-se até compreender todas as inteligências divinas, o
mesmo que não podemos fazer com serafins, tronos e dominações. As
ordens da última hierarquia não participam dos atributos próprios da
superior. Não obstante, chamamos "poderes celestiais" aos anjos e
aos superiores a eles, aos arcanjos, aos principados, às potestades
que os teólogos consideram inferiores aos "poderes". Dizemos o
mesmo dos outros hierarquicamente superiores.
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