TEXTO II

Texto adaptado da Nova Enciclopédia Católica,
editada pela Universidade Católica de Washington,
vol.2, pg. 70.


Destino das crianças não batizadas.

"A doutrina católica acerca da necessidade do batismo levanta o difícil problema da necessidade do batismo para a salvação das crianças que morrem sem o batismo.

A doutrina católica ensina claramente a perda do céu e da visão beatífica como uma punição para o pecado original. Já que as crianças mortas sem o batismo ainda possuem o pecado original em suas almas, os dados revelados pela fé nos forçam a concluir que as mesmas não podem entrar no céu. Ao mesmo tempo a razão afirma que elas não podem ser punidas no inferno como os pecadores adultos. Assim, postulou-se um lugar e um estado especial para elas denominado Limbo.

Os dois pilares sobre que se fundamenta o Limbo são a exclusão do céu e a ausência dos tormentos do inferno. Esta é a solução segura e amplamente aceita para o problema das crianças não batizadas; ao mesmo tempo é evidente que este não é um ensinamento oficial da Igreja Católica, [pois, embora postulado pelos teólogos, não há documento do Magistério da Igreja que afirme a existência do Limbo].

É possível expressar, [no plano especulativo], a piedosa esperança de que Deus, em sua misericórdia e sabedoria, pode ter disposto alguma outra via, desconhecida por nós, para salvar estas crianças; mas reduzir esta esperança para [o terreno prático, adotando uma conduta quanto à administração do sacramento do Batismo que supusesse esta hipótese como segura, não seria moralmente aceitável para uma consciência cristã].

Ainda recentemente todas as tentativas para se idear um meio de salvação para estas crianças foram classificadas pelo Santo Ofício, em 18 de fevereiro de 1958, como carecendo de sólido fundamento, [conforme publicado nas Atas da Sé Apostólica, 50, 1958, 114; veja adiante, no texto número 3]. Isto mostra que o problema não é uma questão aberta no sentido usual do termo".